No DSM 5, que é o manual oficial dos transtornos mentais, a Síndrome do Pânico está inserida no espectro dos transtornos ansiosos. Palpitação, sensação de desmaio, suor, tremedeiras ou calafrios são as principais manifestações físicas do pânico. Do ponto de vista psíquico os principais sintomas são o medo e a insegurança em função das crises, além da sensação de desfalecimento. Os acometidos por essa síndrome têm sua vida bastante prejudicada e sua rotina bastante limitada.
As crises de pânico obedecem a um “movimento de subida” até um pico de sensações desagradáveis com um alívio subsequente. O movimento de subida é quando a pessoa percebe que está sendo tomada pelo medo e pelo constrangimento característico que levará à descarga da “adrenalina” do pânico. O pico costuma durar poucos segundos, mas a sensação é extremamente desconfortável e angustiante. Normalmente a pessoa acometida por essa síndrome não sabe explicar o porquê dela, ou o que a desencadeou. O tratamento farmacológico envolve a utilização de antidepressivos ou ansiolíticos.
EU SOFRO DE SÍNDROME DO PÂNICO, COMO A TERAPIA PODE ME AJUDAR?
Na terapia não é raro que o processo investigativo leve a um evento que colocou a pessoa muito próxima à morte. Seja pela convivência prolongada com um parente em estado terminal, seja por um acidente envolvendo a própria pessoa, a síndrome do pânico pode ser entendida como parte e consequência de um stress pós-traumático. Assim, os seus sintomas advêm de um “imprinting psicoenergético" nas células nervosas e no ego.
Para que esse "looping" traumático seja superado o ego precisa adquirir a capacidade de "digerir" o trauma em suas células. Daí que o trabalho corporal da terapia adquire uma importância essencial para o tratamento do pânico. A adoção de exercícios respiratórios, que podem ser praticados antes, durante e depois de uma crise, bem como a mudança para uma rotina mais saudável, com caminhadas e exercícios físicos, serão um grande auxílio à terapia.
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